Módulo IV - Doenças respiratórias crónicas - perspectivas e cenários
Introdução
Neste módulo, encontrará quatro palestras que totalizam aproximadamente 100 minutos. No final do módulo, poderá preencher um questionário para descarregar o seu certificado UEMS. Informamos que os vÃdeos devem ser vistos na sua totalidade para obter o seu certificado.
Resumo
Mais uma vez, o Prof. Jardim subiu ao palco da reunião para discutir alguns factores de risco de DPOC próprios da América Latina. O consumo de tabaco enrolado à mão em folhas de tabaco e a exposição ao fumo dos fogões a lenha estão generalizados nas zonas rurais brasileiras, com riscos dramáticos de DPOC ao longo de algumas décadas. Por outro lado, as elevadas taxas de infestação parasitária do Brasil parecem não ter problemas, com os pontos de corte de eosinófilos (100 e 300 eosinófilos/mm3) mantendo o seu valor universalmente aceite.
O Prof. CosÃo também interveio novamente para discutir a situação em Espanha. Cerca de 55% de fumadores e 40% de não fumadores apresentaram sintomas respiratórios no estudo EPISCAN II, com 10-12% diagnosticados com DPOC (DPOC jovem 6%, Pré-DPOC 22,3%). Ainda assim, o sub-diagnóstico é rampante - 74,7% no estudo EPISCAN II. Um calculador de risco, derivado da coorte Lovelace e validado em indivÃduos do estudo COPDGene, mostrou-se útil para estimar quantas situações de Pré-DPOC evoluirão para DPOC franca. Ao longo de 6,3 anos, a estimativa de incidência de CAL (limitação crónica das vias respiratórias, tal como definida pela GOLD) nos fumadores do Lovelace com espirometria de base normal será de 26 por 1000 pessoas-ano. De forma ainda mais dramática, em doentes com pré-COPD com todos os principais factores de previsão positivos na linha de base, o risco de CAL aumentará para 85%. Uma discussão interessante sobre o papel da fisioterapia respiratória concluiu a sessão.